Você sabia que a alimentação inadequada está fortemente ligada ao estresse? Segundo evidências cientificas, quando o individuo está sob forte pressão e estresse seu comportamento alimentar é alterado, redirecionando as escolhas para alimentos mais calóricos e que ‘agradam’ nosso paladar, especialmente aqueles ricos em açúcar e gordura, como doces e fast-food.
Este tipo de alimentação gera prazer, aumentando o desejo por seu consumo devido à sensação de recompensa que este ato causa. Neste caso, a cada mordida é reabastecido um circuito, e de mordida em mordida isso pode virar algo totalmente fora de controle e, para alguns, passa a não ter fim. A consequência é criação de ainda mais problemas como como a OBESIDADE e todos aqueles outros associados a ela, como a própria deterioração da autoestima.
Conscientemente o individuo sabe que não faz bem, mas ainda assim come descontroladamente pois, em um abaixo da racionalidade e razão, sente o almejado alívio deste estado emocional negativo. Porém, a médio ou longo prazo, essas escolhas avessas às razões conscientes levam a culpa, sofrimento, problemas estéticos, físicos e mais estresse.
Pará-lo não é uma tarefa fácil. Muitos recorrem a remédios. Outros até a procedimentos cirúrgicos. E, realmente, creio que de acordo com cada caso, tudo isso possa ajudar. Mas se a raiz do problema está em mente não haverá com resolver de fato sem tratar a real causa. Por isso, cabe uma análise individual. E para isso, muitas vezes é preciso ajuda especializada.
Vejo necessário mergulhar dentro dos motivos que fizeram este comportamento chegar a essa situação incontrolável. Ressignificação de eventos passados que nos deixaram marcas emocionais negativas. Dessensibilização dessas sensações corporais (a expressão emocional do problema) e aquisição de novos comportamentos mais funcionais e saudáveis, destruindo os padrões e hábitos ruins que outrora se instalaram.
Costumo dizer que hábitos, padrões e comportamentos moldados por décadas não desaparecem em meses. Isto também me parece razoável. Mas entendam: há possibilidades! A mudança só depende e só pode ser feita por você. Em geral, infelizmente, isso ocorre na maioria das vezes com quem cansou de sofrer e esgotou todos os seus limites.
Se você sofre com um problema assim, pense a este respeito. O quanto você está disposto a mudar e realmente a deixar de lado as coisas que estão te deixando doente? Sim, mudar também é um processo doloroso e nem todos estão a fim de pagar este preço, preferindo se manter presos às suas convicções, ao seu hedonismo e aos seus mecanismos de fuga. Mas a pergunta é: até quando?
Texto escrito por: Dr. Alberto Bicudo.